sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Domingão Mexido

Bom, enquanto a Fran não cria coragem e posta logo por aqui as maravilhosas experiências gastronômicas que ela viveu com o Louis em Buenos Aires, eu vou escrevendo as minhas na expectativa de viver logo com eles os "ojos de bife" y otras cositas más que os porteños oferecem.

Aqui na ilha, o domingão despontou bem gostoso. Vento fresco, céu azul e uma preguiça imensa que encheu o meu quarto neste último dia de férias. Mas, não resisti muito e acabei me levantando para aproveitar.

Como não tinhamos combinado nada para o almoço e o relógio velozmente devorava meu último dia de folga, optei por um café da manhã bem light porque já já me encontraria com a melhor hora do dia: o almoço!

Fizemos mentalmente, três escolhas: um italiano conhecido, um boteco com Devassas e um sushi para o Rafa. Saímos de carro, passamos pelo sushi, bisbilhotamos a Devassa e nos lembramos de uma outra opção, o Mexido!

A plaquinha de "Aberto" já nos deu um sorriso bem bacana e uma vaga pertinho assim do restaurante foi a outra indicação de que tudo seria maravilhoso. E foi mesmo.

Fomos logo recebidos com um simpático boa tarde da garçonete! Escolhemos uma mesa longe do ar condicionado, ninguém queria sentir frio, e nos sentamos entrando no clima do Mexido.

O Mexido é um restaurante, relativamente, novo para Vitória com uma proposta de cozinha contemporânea. O que é tudo de bom porque pode-se misturar várias tendências. Esta é a minha segunda vez lá e a primeira do Rafa. Bem acomodados foi-nos trazido o menu e as possibilidades se abriram magicamente.

Delícias e mais delícias exibidas de uma forma bem suave. Eu já sabia o que queria antes mesmo de entrar por causa do sedutor convite na porta. HOJE: Camarões na manteiga com risotto de limão siciliano!

Ui. Gente, posso viver mil vezes e mil vezes vou amar o limão siciliano! Eita coisa pra lá de boa! É, um luxo, bom demais. O Rafa passeou pelo cardápio, olha isso, olha aquilo, quantas delícias!!!!

Resolvi fazer uma coisa que nunca faço no Brasil. Tomar uma taça de vinho, sem pedir a garrafa. Por uma razão, a dona do restaurante veio até a nossa mesa, gentilmente para esclarecer alguns pontos do menu e eu perguntei qual era o vinho servido na taça.

Ela me disse, um argentino, Yauquem, cabernet sauvignon, posso trazer um pouco para você provar e se gostar, pede a taça. Topei! E não me arrependi. Gostoso e caiu bem demais!

O Rafa pediu um suco de morango com laranja que estava magnifico, é óbvio que eu provei! Escolhi uma salada de folhas verdes, com molho de maracujá de entrada. Eles pularam esta parte e escolheram "Mexido Português".

A salada foi tudo de bom! O molho de maracujá, um luxo delicioso! Pena que a fome foi maior e esqueci de fotografar para postar aqui!

A decoração do Mexido é bem simples e bacana. Um salão não muito grande, com mesas para duas e quatro pessoas. Aconchegante, fresco sem ser gelado de frio e harmonico com cores e tecidos que se fazem agradáveis aos olhos.

Nosso pedido chegou juntinho. Meu espetacular risotto de limão siciliano com camarões na manteiga que registrei para vocês sentirem a delícia...




E o "Mexido Português" que é tudo de bom! Um espetáculo de arroz branco (pode ser com o arbóreo também) com bacalhau, azeitonas pretas e verdes e uma batata palha tão fininha, mas tão fininha que parece mais um queijo ralado. Nem preciso dizer que provei um pouquinho também, divino!



Assim, o tempo passou como manteiga em pão quente... deliciosamente, saboroso e muito agradável.

Terminamos nossa refeição com um gostinho muito, muito bom!

Infelizmente, desta vez, não aguentei a sobremesa mas as opções são deliciosamente sugestivas. Tem até mousse de chocolate branco com, adivinhem..., limão siciliano que comi da outra vez que aqui estive e foi uma super experiência, pra lá de gostosa!!!!

Pedi um espresso para encerrar, que veio com uma calda, separada, para você acrescentar, se desejar.

Desejei, confesso. E coloquei no meu café. Espetáculo!!!




Bem, todo este Domingão Mexido custou R$144,00, com direito a um tratamento com muita atenção e capricho!

Valeu "mexer" assim com a Salvação Domingueira!

Agora, o serviço:

Restaurante Mexido
Rua Afonso Claudio, 259 - Praia do Canto
Vitória - ES

terça-feira, 26 de julho de 2011

Uma Salvação Divina

Santiago é uma cidade recheada de sabores exóticos e tentações maravilhosas para quem é chegado ao prazer do paladar.

Um festival de bons restaurantes, com cardápios de pirar a cabeça da Fran e vinhos capazes de me enlouquecer, pela qualidade e pelo preço.

Estive me deliciando nestas férias em espetaculares experiências de Salvação! Até no Restaurante Giratório, o mais turístico de Santiago, eu consegui ser feliz e me salvar!!!

Mas o que quero deixar aqui para vocês é um relato que extrapola todas os outros que já registrei. Uma verdadeira benção!

É a sensação em forma de Restaurante que fica no bairro Bellavista, Constituición, no número 88.







Não tem como não achar porque, passando pela rua, você já vai sendo totalmente seduzido pela pintura rosa da fachada e, se levantar um pouquinho os olhos, encontra aquele caldeirão do amor pendurado com os dizeres: Como Água para Chocolate!

Pronto.
Já aconteceu. Você foi garfado e não tem mais como resistir.
Garanto, com todas as letras e gostos, que não vai se arrepender.


Recomendo que você faça uma pausa antes de entrar. Respire, porque você está prestes a viver algo diferente. Não será uma refeição dessas que você alimenta o corpo, que sacia a fome ou que, vulgarmente, come alguma coisa.

Será uma experiência ímpar que envolve corpo & alma.

Preparado? Então, pode entrar. Está tudo à sua disposição.

O restaurante Como Água para Chocolate foi inspirado no filme. É uma cozinha afrodisíaca, para aqueles que não assistiram a película, totalmente voltada para o amor. Cada tempero, cada ingrediente para a composição dos pratos são harmonicamente focados na sedução, no prazer.

Ao entrar no restaurante, o seu primeiro prazer será visual. O lugar é lindo.
Imediatamente uma energia saborosa e intensa misturando cores, luzes, sons, cheiros, tudo isso irá maravilhosamente o encantar.



Escolhemos uma mesa no pátio maior. Com a fonte logo ali, a escada ao fundo e o barzinho bem próximo. O lugar mais desejado é o da cama. Sim, o da cama. Inspirado no filme, tem uma cama posta para o almoço ou jantar. Uma riqueza, de verdade!


Nosso garçom foi o Moisés. Calmo, discreto e gentil nos ajudando a escolher o vinho, a entrada e, depois, o prato principal.

Lemos com atenção a carta de vinhos, pensando em harmonizá-lo com tudo. Porque o lugar aguça com magia os nossos sentidos e sentimentos, ficamos mais leves, mais sorridentes, mais vivos... Isso tudo antes da primeira "copa de vino", heim?

Escolhi, um Morandé, Terraum, Cabernet Sauvignon. Um vinho saboroso que ampliou ainda mais o prazer de estar naquele local, naquele momento.

Ler o menu enlouquece qualquer cidadão, de qualquer nacionalidade. Como me lembrei dos amigos Fran & Louis, que tanto apreciam os sabores diferentes e as combinações exóticas. Bom, mas vamos ao momento mais especial e quero que vivam comigo a minha escolha:

Nuestro Congrio de Siempre, es un congrio almendrado al gratín sobre espinacas a la crema.



Não é necessário tecer comentários. Esta imagem vai fazer você sentir até o cheiro do Nuestro Congrio de Siempre, verdad??

Buenas, saboreiem. Comi bem devagar. Para acompanhar, pedi o risotto da casa e, para ser bem sincera, nem era necessário, porque só o Nuestro Congrio já me fez divina!



O Rafa quis um salmão grelhado, com arroz e papas fritas. Apesar de não ser um prato do cardápio, pois o Moisés gentilmente "produziu" este para ele, também estava muito gostoso.

Aos poucos, o restaurante que era praticamente só nosso, foi enchendo. As vozes já guiadas pelo vinho e os estômagos preenchidos por porções de amor foram ficando altos e animados!

Nós, ainda inebriados pelo Congrio, afinal esta foi aescolha de todos os adultos, terminávamos a botella de Morandé já pensando na carta de postres que o Moisés deixou sorrateiramente em cima da mesa.

As tentações são muitas..."amor entre blancos y negros", "chocolate caliente", "pechito moreno","marquise de chocolate", "crema de los dioses"... y tantos otros...

Finalmente, escolhemos e ficamos mesmo com o que dá nome ao restaurante "como água para chocolate"!



Por favor, dobrem os joelhos, este presente dos deuses merece uma reverência antes de ser degustado. Magnífica trilogia de chocolates belgas com salsa de framboesa!

Tudo de bom, de ótimo e de maravilhoso!!!

Queria ter uns dois ou três estômagos, juro, para tomar mais umas duas sobremesas, pelas quais fiquei totalmente enamorada. Um luxo!



Fechamos este banquete com um café espresso. Mas, se desejássemos, também poderíamos ter escolhido café mexicano, de bagdá, irlandês ou um "carajillo"! Calma gente, calma, é só café com conhaque!!!!

Bom, totalmente extasiados nos levantamos com os corações partidos, registre-se, para ir embora, pois é muito difícil deixar o Como Água para Chocolate.

Mas o passeio ao Mercado Central e ao Pátio Bellavista nos aguardava. Ainda tinha muito mais Santiago para ser visto, porém se terminasse ali, ninguém ficaria chateado.

Depois, ao fazer estas anotações que agora divido com vocês, fiquei com a certeza de que se o céu existe, não tenho dúvidas, o Como Água para Chocolate é uma FILIAL!

Anotem aí:
Restaurante Como Água para Chocolate
Constituición, 88
Bellavista
Santiago - Chile
www.comoaguaparachocolate.cl

Preço? Sei não! Experiências, como esta, não tem preço!
Que te vaya bien.

sábado, 26 de março de 2011

Salvação eterna!!!

O almoço de hoje não foi a salvação.
Foi parte de um dia, que é parte de uma semana, que é parte de um período que nos salva da ilusão da identidade com o trabalho, e que se chama: FÉRIAS!!!

Se um simples almoço durante o dia de trabalho é capaz de nos salvar o dia, as férias são capazes de nos salvar pra sempre. Uma viagem bem vivida, aproveitada momento a momento pode nos transformar.

E um almoço divino também.
E hoje o nosso foi assim, pertinho do céu.
Nos altos de Santa Teresa, esse lugar inexplicável, nesta cidade absurdamente exagerada que é o Rio de Janeiro.
Subimos pro céu de bondinho. Já fui várias vezes pra Sta Teresa mas nunca tinha sido de bondinho. passeio turístico completo hoje. E valeu cada minuto.
Caminhamos por lá, olhando tudo, espantados com todo esta beleza que nunca cansa, que se fortalece nas diferenças, contrastes e personagens que só o Rio tem.
E pra viver o clima da cidade o bom mesmo é se misturar aos locais.
Acabamos escolhendo pro almoço a Adega do Pimenta, ali onde todos os restaurantes se encontram.
O lugar é pequeno e muito procurado, por isso ficamos na calçada esperando um lugar pra sentar.
O dono mesmo, que reza a lenda era amigo do velho Pimenta, nos recebe, anota  o nome na lista e traz o chopp da espera.
Os cariocas que compartilhavam conosco a espera nos sugeriram o croquete de carne como entrada."Maravilhoso" nos disseram, e era mesmo...
Carioca é assim, simpático, sorridente, alegre...

Sentamos logo e seguimos no chopinho comendo nossa entrada de croquetes com a mostarda mais deliciosa que já experimentei. O croquete é uma coisa fantástica, um creme de carne divino.
E logo logo ele chegou. O Joelho Grelhado.


Quando vimos o tamanho e o potencial do prato lembrei de esquecer minha dieta e mergulhar de cabeça no joelho.
M A R A V I L H O S O

E foi bem devagar, curtindo cada minuto, que exploramos o Joelho de Pimenta, a bordo de 6 chops.
Fomos indo, lentamente em direção ao cerne do prato e não conseguimos eliminar todas as batatas.

Depois dessa orgia Zaka ainda fez questão de pedir um Apfelstrudel "mas sem chantily por favor" implorei ao garçon.

Sim, chegamos ao fim... Cansados mas deleitados... A Adega é um lugar lindinho, tomado de quadros, posters, fotos, matérias, notas de dinheiro antigas, barris, chifres de animais, enfim, de tudo mesmo.


Depois desse banquete demos mais uma volta pela rua, olhamos vitrines, caminhamos silenciosos e finalmente pegamos nosso bondinho de volta por R$ 0,60 a viagem.
Pra o primeiro dia de férias , tudo de bom.

A brincadeira na Adega custou ao todo R$ 98,23

Adega do Pimenta
Santa Teresa - RJ
Rua Almirante Alexandrino, 296
TEL: (21) 2224-7554
FAX:(21) 2242-4530

sábado, 12 de março de 2011

Il Prosciutto di Parma foi a Salvação!

Quarta-feira de cinzas.

Hoje é day off.
Resolvi não trabalhar, tenho feito muita hora extra. Estou com crédito na casa, então não vou.
Fico virtual. Atendo ao celular com prazer mas o dia é meu e do meu filho.
Está definitivamente decretado.

Bom, então o que vamos fazer para o almoço, pergunto eu ao Rafael, lá no Super.
Ele quer  penne à gorgonzola, de novo. Minha única e melhor especialidade desenvolvida para atender o gosto do filhote.

Mas não dá, eu retruco.
Já comemos este prato anteontem. Vamos escolher uma outra coisa, digo eu com firmeza.
Sob o olhar atento da moça que corta os frios no Super, ele pensa, roda para um lado, mexe nos queijos e volta.
- Mãe por que você não faz hoje um penne com il prosciutto di parma?

A moça sorri.
Eu sorrio.
- Filho, sabe que eu não sou muito boa de cozinha... mas vamos lá.
Vamos pensar no que combina com um penne, prosciutto di parma e....
E brie! Me lembrei imediatamente e também azeitonas pretas.
Então... mãos a obra.

Vamos lá.
- Moça, quero 200 gr de il prosciutto di parma.
Em seguida apanho na prateleira um queijo brie e azeitonas pretas.

O Rafa é só emoção. Para ele, a mãe cozinhar é algo importante.
Sabe que tenho as minhas limitações culinárias e que assinar o canhoto do cartão de crédito no restaurante é muito mais fácil para mim.
Mas também sei a importância de toda esta função gastronômica para ele.
Ainda mais que hoje estamos só nós dois em casa.

Passar as compras no caixa, carro, elevador e...lá chegamos.
Lá está ela silente a nos esperar: A cozinha.
O lugar da casa que menos comunguei toda a minha vida, apesar de gostar muito de comer!

Mas, hoje a salvação do filhote, era a Mamy pilotando o fogão.

Então, vamos né?

Fatiei o parma, fiz miudinhas as azeitonas, e desembalei o brie.
Tirei a manteiga da geladeira.
Pus a água para ferver, separei a quantidade de penne e o azeite.
Sal, manteiga e um punhadinho de nada de ervas finas.
Cozido o macarrão, bora lá fazer o molho.

Primeiro derreter a manteiga sob olhar atento do Rafa - mãe e agora?
Bem, agora o sal, o punhadinho de ervas, o brie, espera um pouquinho para derreter. Pode então colocar o parma fatiado e um tantinho assim de creme de leite para isso ficar mais cremoso.

Tudo misturadinho, a gente coloca o penne e por último as azeitonas.

Não é que ficou bem bom???

Foi uma salvação e uma satisfação para o meu pimpolho.
E um alívio para mim que consegui sair do outro lado.
Não fiz feio nem nada.

Para quem é filha de mestre cuca, irmã de gente que sabe mesmo cozinhar, chegar no fogão e fazer feio é um problemão!
Bom, não sou nenhuma chef mas também não desonrei a famiglia!!!

O Rafa almoçou e repetiu.
Achou uma delícia, e não estava ruim não....

De sobremesa: Petit gateau com sorvete de creme!

Eu?
Duas taças de Malbec porque ninguém é de ferro.

Preço: o sorriso do meu filho de satisfação, que não tem preço.

Vana

quinta-feira, 10 de março de 2011

Salvação portuguesa

Sei que a ideia deste blog é contar sobre os almoços que nos salvaram do tédio ou da correria dos dias de trabalho.
Mas preciso falar sobre a salvação que veio no domingo, sem a rotina de escritório, mas que nos deu o prazer de não estar pulando carnaval, nem vendo o faustão.

Porto Alegre mais parecia uma terra deserta. Toda a multidão se amontoava nas praias, principalmente na vizinha Santa Catarina. Ninguém pelas ruas do Porto, isso era o melhor, mas e o pior ? Restaurantes fechados.

Lembrei do Pampulhão, antigo restaurante que conheci ainda na adolescencia. A cozinha é
comandada pelo portuga Fernando Pinheiro desde 1974 e o forte da casa são os frutos do mar. Achei que deveria estar aberto, já que tão tradicional.

Quando comecei a comer lá, nos anos 80, só podia pagar pelos filés e não conhecia os peixes.
Foi mais tarde que descobri o congrio do PAMPULHÃO.

Entre os mais pedidos pelos clientes fieis da casa estão o bacalhau à moda da casa e o congrio com legumes, que vem grelhado acompanhado de brócolis, vagem, cenoura, batata, azeitona,, pimentão e ervilha torta.
Esta foi a pedida de nosso domingão.
Aqui nesta foto ele já havia sido atacado severamente e voltado em prato menor:


O Congrio veio farto e os legumes deliciosos. Acompanhado de um baldinho de Stella Artois foi uma obra de arte.
Os legumes são cozidos no tempo certo. No ponto mesmo. São feitos na fervura e depois cobertos de azeite de oliva.
Saboreamos com calma, aos poucos, sem a pressa do carnaval que rolava em qualquer lugar, menos ali.

Faltava pouco aqui:

Não sei se por coincidencia ou não, mas passamos o final de semana vendo o filme Fados, do Carlos Saura.


Ai essa terra ainda vai cumprir seu ideal...Ainda vai tornar-se um imenso Portugal !


Vale conferir também o bolinho de bacalhau e o camarão à milanesa, que são entradas de sucesso no Pampulhão.


Ah, Claro. O total da conta foi R$ 95,00. Imperdível!!!


Av: Jerônimo de Ornelas, 417
51 3223.4552

Bairro Santana, Porto Alegre-RS
100 lugares
Das 11h às 14h e 18h às 23h30 (sáb., dom. e feriados almoço até 15h; dom. fecha pro jantar)

domingo, 6 de março de 2011

A salvação chegou tarde, e veio da Noruega

Quinta-feira parecia um dia sem salvação. Começou cedo, com visita da mãe em casa e a diarista desde as 8h da manhã.

Ia ser um dia de reuniões, pra fazer valer o cargo "gerencial" que tenho na empresa.


Mal cheguei no escritório e já tive que sair pruma reunião que começou às 11h, sem hora pra acabar. Eu, do alto da minha dieta tive que escolher no "Brunch" algo que não me fizesse sair rolando dali.
Minisanduiches de pão preto e um irresistível croissant, engolidos com um suco de frutas natural.
Ok, tudo ótimo. Meu colega fez nossa apresentação aos arquitetos e turma toda, e saimos do tal evento lá pelas 14h.


Corri de volta pro trabalho sem esperança de almoço. Estudei um pouco mais meu próximo tema e parti pra outra reunião, onde um cliente queria muuuuito mais que de podíamos lhe oferecer.
Maravilha, corre de volta pro trabalho. Agora sim, almoçar.

16h20min no centro da cidade. Olho pra todos os lados e suspiro. Onde achar algo que pareça com uma refeição a esta hora. Como não consigo engolir coisas do tipo Mac, precisava ser salva.

O Café do Cofre é um lugar muito bacana, bem contemporâneo com decoração estilosa e obras de artes pelas paredes. Lá se pode tomar expresso e capuccino, sanduiches mais naturais e outras coisinhas.
Ele fica onde era o cofre do Banco Sulbrasileiro, no que hoje é o Santander Cultural.

Eu costumo ir mais ao vizinho Restaurante Moeda, que merece um post só pra ele, ou até mais de um, mas naquela hora da tarde só o Café me salvaria.
Cheguei lá nesta tarde ensolarada, pré-carnavalesca, e o café era só meu. Meu e dos funcionários que animadamente assistiam  um DVD do Alexandre Pires, abrindo o carnaval.

O almoço veio em forma de uma salada verde com tomates e um Bacalhau do Rei. Uma espécie de tortinha de bacalhau, com molho branco, alho poró ou cebola, e um pure de batatas, tudo misturado e gratinado com queijo no forno. Delíiicia!! Além do mais eles foram suuuper simpáticos indo buscar uma saladinha no restaurante Moeda (dos mesmos donos) que já tinha fechado.

Tudo isso, o ambiente, a simpatia, o bacalhau e o Alexandre Pires no maior suingue saíram por R$ 15,00.

Valeu, pude até voltar ao trabalho mais feliz.




Terça a sexta-feira, das 10h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 19h (das 14h as 19h durante os períodos sem mostra de artes visuais)
Tel. (51)3227.8322 - Acesso pela entrada lateral - Rua Cassiano do Nascimento, s/nº.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quer churrasco?

Quando a idéia deste blog surgiu eu e Louis estávamos em uma maratona de almoços aqui em Porto Alegre e Vana em Vitória.
Era uma promessa de muitos textos, pelo menos um por semana.
Mas eu logo percebi que a balança acusava a verdade. Melhor diminuir a velocidade da experiência. Porém, isto me fez parar de escrever, ou talvez, nem começar.
Pois bem...Tenho aqui na manga uns lugares muito bacanas que conheci, ou re-conheci neste período onde o peso não era uma questão.
Falo então pros famintos por churrasco de Porto, que querem coisa muito boa entre uma reunião de trabalho e outra, ou seja lá o que você fizer pra ganhar seu sustento.
Um dos meus almoços preferidos, e nem tão engordantes assim, foi na Churrascaria Porto Alegrense. Ela é um lugar para iniciados, famosa sim, mas para quem conhece. Simples, parece que não se preocupa em modernizar o ambiente, e nem precisa mesmo.
Tem mais de 20 anos de mercado e já ganhou diversos prêmios. Nada de churrascaria com ilha de sushi. Essa nossa é daquelas tradicionais mesmo. A La carte, garçons com muito tempo de casa. Clientes fiéis.
E o cardápio  tem todos os tipos de carne que se pode imaginar em uma casa do gênero. Maminha,  vazio, costela, picanha, lombo de porco, salsichão e lingüiça, coração de galinha, galeto, xixo, cordeiro, pernil, paleta, lombo, picanha de ovelha e filé mignon.
Fomos prum almoço rápido, pra salvar o dia, e pedimos o entrecot, arroz e salada. Um lindo prato de rúculas, alface e tomate chegou acompanhando a carne e o arroz. Uma delícia. Comemos muito bem por R$ 36,30 os dois, com uma água mineral sem gás e uma coca zero.

Preciso voltar pela ovelha que nosso vizinhos pediram. Maravilhosa !

Serviço à la carte
Prêmio "Quatro Rodas" por sete anos
consecutivos da Editora Abril
Capacidade para 120 pessoas
Tel: (51) 3343.2767 / 3343.5981
Av. Pará, 913 - Esquina Guido Mondin
Porto Alegre - RS

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Para Cumuru, sempre


Hoje a salvação não será somente um rápido almoço. Vou ampliar e contar um pouco da única semana de férias com a família, que aconteceu neste janeiro de 2011.
Escolhemos nosso destino com uma antecedência grande, desde outubro do ano passado a pousada já estava reservada e paga. Sabíamos exatamente o que queríamos... distância de tudo que fosse barulho e  ruído no nosso período de descanso.
E assim foi. Conseguimos passar oito dias sem ouvir um telefone tocar. Sem ouvir um barulhinho de jogos eletrônicos, tiros, gritos, Mario Bros!
Nossas melhores companhias foram o sol, o barulho do mar - que ouviamos do quarto da pousada - os passarinhos e, eventualmente, um bom dia que trocávamos com os outros hóspedes.
Tudo de bom.



 É claro que no meio deste paraíso também tenho que incluir as nossas refeições.


Cumuruxatiba é uma vila no sul da Bahia, que está separada de Prado por 35km de estrada de terra. Você pode chegar por dois caminhos. A estrada da praia é um pouco mais esburacada que a outra, e minha preferida porque já vou entrando no clima, mas desta vez, a opção foi a outra estradinha mesmo, tanto na ida quanto na volta.


Ficamos hospedados, como sempre, na Pousada Rio do Peixe que fica fora da Vila de Cumuruxatiba 3km. É a última pousada da estradinha do Rio do Peixe Grande. Maravilha, não tem barulho de carro passando, nem pra lá e nem pra cá. Nada. O barulho mais frequente e prazeroso é o canto da sabiá laranjeira, que além de agradabilissimo, remete à minha infância, já que meu avô sempre foi fã desta espécie. Uma viagem no tempo poder ver as queridinhas saltando nos milhares de galhos nas árvores da pousada.
Começando pelo desjejum, o café da manhã da Pousada Rio do Peixe é melhor que o de qualquer resort que já fui.
Não acreditam? Recomendo provar in loco. Milene e Luiz são os proprietários, paulistas, que construíram a pousada e mudaram para lá. Pois bem, Milene cuida maravilhosamente bem da cozinha da Pousada. Do café da manhã então... só provando.
Tudo fresquinho, feito especialmente para você. A coalhada caseira dela é preparada por um deus ou uma deusa, não quis descobrir para não perder o encanto, mas é divina!. E a Milene faz questão de servir um por um, isso depois de saber o seu nome, de onde você vem e ter sempre um sorriso para saudá-lo com um bom dia!
Bolos, sucos, frios, frutas, café e o espetacular bijú com geléia caseira também fazem parte desta refeição olimpiana.


A praia de frente da Pousada, que faz parte da praia da Vila, é também mais um pedaço deste paraíso. De manhã maré baixa, onde é possível caminhar, andar de bicicleta, catar conchinhas, ver os mais variados tipos de algas, acompanhar os rápidos guruçás e, depois disso tudo, sentar num rasinho e deixar a onda bater de leve em você. Nada mal não?
Quando a maré sobe, onde você caminhou, vai ser possível mergulhar, mas a água continua quente e gostosa, também sem muita onda. Dá para ensaiar umas braçadas, para os mais corajosos, ou então ficar sentado à sombra das castanheiras curtindo a paisagem.


Milene não nos abandona na praia, vez ou outra aparece com um quitute quentinho e gostoso, o mimo continua. Você também pode optar pelo serviço de bar. Márcio e Weber formam a dupla simpática que atendem os nossos pedidos com rapidez. Cerveja gelada, caipirinha, isquinha de peixe e, dentre outras opções, e a não menos gostosa Casquinha de Siri. Só deixando esta iguaria derreter na sua boca para com garantia o sabor. Uma delícia completa!


 Optamos por almoçar quase todos os dias na Pousada mesmo. Era tudo de bom e a gente não estava muito a fim de ficar entrando em carro para ir até a vila almoçar.
Deixamos este passeio para a noite. Então, só saímos para almoçar um dia. Escolhemos o Hermes que é um restaurante de frente para a praia lá na Vila de Cumuru e especializado, claro, em frutos do mar.
De olho no cardápio do Hermes optamos por uma moqueca, baiana, de dourado com camarão VG(Verdadeiramente Grande). Acompanha arroz e pirão, e um prato serve três muito bem. Para beber, eu quis um suco de pitanga, da fruta mesmo, e delicioso. O prato demorou um pouco, mas não tinha ninguém com pressa ou horário marcado, então ficamos ali jogando conversa fora, tirando fotos, olhando o mar e um pouquinho do pier.
Quando o prato chegou já estávamos com um pouco mais de fome, mas foi tudo bem. Delicioso, bem servido e saboroso. Baiano também faz moqueca bem, mesmo colocando leite de côco e dendê. O sabor é um pouco diferente do que estamos acostumados, mas não sobrou nada para contar esta história aqui, ainda bem que fotografei logo que a dita cuja aportou em nossa mesa.






As nossas noites foram um pouco mais agitadas. Alternamos entre a pizzaria La Nave Va  e o EspaSu. Já é bom ir registrando que além de pizzas maravilhosas, La Nave Va tem também a opção de crepes gostosos demais. A pizza de calabresa, sempre a preferida do Rafa, foi a mais pedida, mas também experimentamos a Psicoldélica, que não ficou devendo nada. O crepe de palmito com catupiry continua o meu predileto e o suco de graviola tem que ser escolhido para formar a dupla perfeita. Tudo de bom.


O EspaSu fica de frente para a La Nave Va, de Fellini à baiana Su, é só atravessar a rua. A Su tem um cardápio variado. Spaghettis, panquecas, sanduíches ou monte seu prato com arroz, feijão, picanha e batata frita, além dos caldos variados e saborosos demais. Você é quem manda, pode ficar bem à vontade. A Su preparou um spaghetti ao alho e óleo no capricho no primeiro dia para o Marco, com toque especial de um pouco de alho em um potinho separado. Muito gostoso.


Num outro dia comemos outro spaghetti com bacon e azeitonas também super gostoso. Além disso, tenho que registrar o trabalho social que a Juliana, filha da Su faz. Os meninos da sua oficina fizeram uma linda apresentação numa destas noites que estávamos por lá. Super dedicada, a professora Juliana preparou a apresentação de ginástica olímpica e ficou tudo muito bonitinho. Foi uma homenagem a aniversariante do dia, Dona Ruth, com direito a bolo e parabéns a você no final com os meninos em coro. Muito legal.


Mas nem só de comilança vive Cumuru. Lá tem os passeios de barco, e vocês poderão encontrar também os ateliês de arte. Tem o Ateliê da Renata Homem com peças lindas, o da Eliana Begara, o Ateliê do André de Oliveira que fica dentro da pizzaria La Nave Va. Todos com peças muito bonitas e com preços variados.
 O povo de Cumuru é amável e simpático. A vida segue adiante na vila, mas o tempo pode parar, dependendo da praia que você escolher para passar o dia, aí pode ser: a praia do Arnaldo, na Barra do Cahy, a praia do Moreira dentre outras tantas... sem contar a praia principal da Vila.


Para encerrar, só mais duas dicas: o Gellato Café é um lugar muito agradável e tem o atendimento ímpar da Andrea e do Ricardo. Ao lado tem uma loja cheia de coisinhas lindas que se chama Rosa dos Ventos e a Oficina de Origami. A última dica é o aluguel de bicicletas na Borracharia do Tubarão, pode parecer que não tem nada a ver, mas descobrir Cumuru de bicicleta, em minha opinião, é uma aventura e tanto.


Bora lá?


Vila de Cumuruxatiba
Extremo Sul da Bahia - BA
Pousada Rio do Peixe
www.pousadariodopeixe.com.br


Hermes
Av. Beira Mar, s/n – Cumuruxatiba
(73) 3573 1155


La Nave Va Pizzaria /EspaSu/Gellato Café
ficam na mesma rua Antonio Climerio dos Santos.
É a rua atrás da avenida Beira Mar é fácil de achar.


Para ter uma idéia geral: www.cumuruxatibabahia.com
*Desta vez não vou colocar preços. Quando a gente está de férias, é melhor não fazer contas. E posso assegurar que nada aqui custa algo exorbitante, experimente!


Vana